Aqui no Brasil, o termo Pinhão refere-se às sementes da Araucaria (Araucaria angustifolia), também conhecida como Pinheiro-do-Pará. A origem desta conífera, que pode atingir mais de 50 metros de altura e os 500 anos de idade, remonta a mais de 200 milhões de anos. Sendo uma espécie ameaçada - encontra-se em perigo crítico de extinsão - é alvo de protecção legal. Contudo, não obstante ser uma espécie protegida desde o Sec. XVIII, julga-se que das áreas de floresta de Araucária originais no Brasil, restará hoje apenas cerca de 1%.
A Araucária apresenta uma forma característica, parecendo uma taça ou umbela, e ainda pode ser encontrada nos estados do Sul e do Sudoeste do país. Nós encontrámos uma no nosso jardim! É uma árvore belíssima e imponente, que estende a sua sombra sobre o pomar e onde inúmeras aves encontram abrigo e local para fazer os seus ninhos.
Nos meses de Maio e Junho, com o final do Outono, surgem no mercado os Pinhões. Quando vi estas sementes pela primeira vez, logo comprei algumas e procurei descobrir o que eram e o que poderíamos fazer com elas. Bem diferentes do nosso pinhão, terão certamente outras aplicações e formas de cozinhar.
Usualmente, o pinhão é cozido em água para a utilização em diversas preparações, ou assado diretamente na chapa do fogão. As duas principais receitas tradicionais na qual se utiliza o pinhão são a paçoca de pinhão (pinhão cozido e moído, misturado com carne seca) e o entrevero (um cozido de verduras e carnes acompanhados de pinhão). Resolvi procurar outras alternativas para preparar os pinhões que comprei e encontrei uma receita de Nhoque de Pinhão do Restaurante Armazém Italiano do no site INCorporativa que irei experimentar amanhã para o almoço.
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