sábado, 31 de março de 2012

Bread Baking Day #48 - Folar | Easter Sweet Bread

Com a Páscoa tão próxima, esta é a época de fazer e comer o Folar em Portugal. Todavia, não existe uma única receita de Folar e de Norte a Sul do país são diversos os pães típicos da páscoa, uns salgados e com carne, outros com os ovos, como se fossem um ninho e outros mais doces, com sabores de canela e ervas.

With Easter so close, this is the time to make and eat Folar in Portugal. However, there is no single recipe for Folar. And from North to South of the country there are several typical Easter bread, some savory, others with eggs, like a nest and some more sweet, with flavors of cinnamon and herbs.



O Folar que fiz para a Edição de Março do Bread Baking Day, organizada pelo Paulchens Foodblog, combina o tradicional pão doce com ovos, com o Folar de Olhão com as suas camadas de massa, manteiga, açúcar e canela.

The Easter Sweet Bread I've baked for the March Edition of Bread Baking Day, hosted by Paulchens Foodblog, combines the traditional bread made ​​with boiled eggs, with the recipe of the Folar of Olhão, with its layers of dough, butter, sugar and cinnamon.




Ingredientes:
2 colheres de sopa de leite morno
1 embalagem de fermento biológico
500 g de farinha
125 g de açúcar
raspa de um limão
100 g de manteiga
sumo de uma laranja
1/2 cálice de Grand Marnier
2 ovos
20 g de manteiga sem sal
6 colheres de sopa de açúcar amarelo
6 colheres de chá de canela
1 ovo cozido com casca de cebola
30 g de amêndoas peladas e partidas ao meio
1 gema para pincelar

Dissolver o fermento no leite morno e deixar levedar durante 10 minutos. Misturar a farinha com o açúcar e a raspa de limão. Juntar a manteiga que deve estar à temperatura ambiente e amassar. Juntar os ovos, o sumo de laranja e o licor. Amassar e em seguida juntar o leite com o fermento, voltando a amassar cuidadosamente. Tapar a massa com película aderente e deixar levedar durante uma hora. Sobre uma superfície polvilhada, estender a massa e cortar um terço que se reserva para fazer a trança. Os dois terços restantes são divididos em quatro partes. Formar uma bola com cada pedaço e estender até formar um círculo com cerca de 20 cm de diametro. Colocar o primeiro círculo num tabuleiro forrado com papel vegetal. Barrar com a manteiga sem sal, polvilhar com duas colheres de sopa de açúcar amarelo e com duas colheres de chá de canela. Estender o segundo círculo e colocá-lo sobre o primeiro, repetindo a operação. Fazer o mesmo para a terceira porção de massa. A quarta porção de massa deve ser umpouco mais esticada e depois de colocada sobre as anteriores deve aconchegar-se à volta de forma a que o bolo fique bem redondo. Não untar ou polvilhar. Com o terço de massa previamente reservado, dividir em três porções, formar uns rolos com comprimento suficiente para fazer uma trança que contorne o cimo do bolo. Colocar a trança, e fazer bem a união das extremidades de forma a ficar o mais perfeita possível. No centro colocar o ovo cozido. Deixar levedar durante mais 30 minutos. Bater a gema com um pouco de leite e pincelar toda a superfície do bolo. Enfeitar a trança com as metades de amêndoa e pincelar com mais um pouco da gema batida. Levar a cozer em forno a 180º durante cerca de 35 minutos.





Ingredients:
2 tablespoons warm milk1 packet of yeast
500 g flour
125 g sugarzest of one lemon
100 g butter
an orange juice
1/2 small glass of Grand Marnier
2 eggs
20 g of unsalted butter
6 tablespoons brown sugar
6 teaspoons of cinnamon
1 boiled egg with onion skin
30 g of almonds and broken in half
1 egg yolk for brushing

Dissolve yeast in warm milk and let rise for 10 minutes. Mix flour with sugar and lemon zest. Add the  butter that should be at room temperature and knead. Add eggs, orange juice and liquor. Mix and then add the milk with the yeast, kneading carefully. Cover the dough and let rise for one hour. On a floured surface, stretch the dough, and cut a third of that reserve to the braid. The other two thirds are divided into four parts. Form a ball with each piece and extend to form a circle about 20 cm in diameter. Place the first circle on a tray lined with parchment paper. Spread with butter, sprinkle with two tablespoons of brown sugar and two teaspoons of cinnamon. Extend the second circle and place it on the first, repeating the operation. Do the same for the third portion of dough. The fourth portion of dough to be stretched more and after placed on the previousones, tackle it around so that the cake is well rounded. No butter or sprinkling. With the dought previously reserved, split into three parts, each forming rolls with enough length to make a braid that bypasses the top of the cake. Place the braid, and do well the union of the extremities in order to be as perfect as possible. In the center place the boiled egg. Leave to rise for 30 minutes. Whisk egg yolk with a little milk and brush the entire surface of the cake. Dress the braid with almond halves and brush with a little more beaten egg yolk. Lead to baking in oven at 180 ° for about 35 minutes.




É bom comido simples nos primeiros dias após ser feito. Também é delicioso torrado e barrado com manteiga.

It is good eaten plain in the first days after being made. It is also delicious toasted and spread with butter.




Feliz Páscoa!

Happy Easter!
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quinta-feira, 29 de março de 2012

Pasta al Nero di Sepia com Corvina e Limão

Sempre que viajo a algum lugar, gosto de experimentar os alimentos e pratos locais, comprar ingredientes e, sempre que possível, livros de culinária.

Na viagem a Roma ,no último Verão, o programa não podia deixar de incluir uns raids pelas lojas de produtos alimentares. E posso não ter comprado sapatos ou roupa (de facto, desiludiu-me um pouco aquilo que vi!), mas uma parte da mala ficou reservada para os comes e bebes!



Descobri uma pequena mercearia gourmet, não muito longe do hotel, com óptimas massas secas, doces, vinhos e um balcão de queijos que era a minha perdição. Trouxe Pecorino, Limoncello, uns doces de amêndoa, e uns fetucini al nero di sepia artesanais,  que ontem participaram alegremente no nosso jantar já do lado de cá do Atlântico.



Ingredientes:
4  lombos de corvina
1/2 embalagem de fetucine al nero di sepia
1 limão (siciliano)
2 embalagens de natas (creme de leite)
1 molhinho de coentros
6 dentes de alho
Azeite, sal e pimenta qb.

Tempera-se o peixe de sal com pelo menos duas horas de antecedência.  Coze-se a massa em água abundante, temperada de sal. Tiram-se as raspas do limão e reserva-se. Leva-se o azeite ao lume num frigideira larga e junta-se o alho picado. Juntam-se os lombos de corvina e deixam-se alourar de ambos os lados. Acrescentam-se os coentros picados e o sumo de limão. Tempera-se de pimenta, moida na altura, tapa-se e deixa-se estufar um pouco, sem deixar cozer demais. Retiram-se os lombos para fora da frigideira e acrescentam-se as natas, deixando cozinhar um pouco e rectificando o tempero. Escorre-se a massa que deve estar cozida al dente e junta-se ao molho de natas. Separam-se os lombos de corvina em lascas grandes e acrescentam-se à massa, envolvendo-se delicadamente. Coloca-se no prato de servir e decora-se com as raspas de limão.




O sabor delicado da corvina, liga perfeitamente com o molho de natas e limão e com o sabor distinto da massa negra.

Espero que gostem!
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Bacalhau no Forno

Esta receita de bacalhau no forno vem da minha infância. Nesse tempo, quase todos os fins de semana se passava um dia em casa da minha avó paterna. Tios e tias, primos e primas, todos em redor da Avó! Sim porque a minha avó era tal e qual as Nonas dos filmes e a minha família muito semelhante às famílias italianas e gregas dos filmes americanos!




Risos, correria, conversas, discussões e muita, muita comida! Todos levavam alguma coisa (sobremesas, particularmente!) e um dos pratos principais favoritos era o Bacalhau no Forno. Um grande tabuleiro, que as minhas tias preparavam logo de manhã e que todos comiam deliciados.




Ingredientes:
2 lombos de bacalhau ou 4 postas
6 batatas grandes
2 cebolas
8 dentes de alho
1 molho de coentros
2 folhas de louro
1/2 litro de leite
1/2 l da água de cozer o bacalhau
4 colheres de margarina
4 colheres de farinha
1 limão
Azeite, Óleo, sal, pimenta, noz moscada e pão ralado qb.

Dessalgar o bacalhau de véspera. Descascar as batatas e cortar em rodelas muito finas. Fritar até ficarem louras, escorrer e colocar sobre papel absorvente (papel toalha). Cortar a cebola em rodelas finas ou meias luas. Picar o alho finamente. Colocar o bacalhau a cozer num tacho, coberto com água fria. Quando levantar fervura, desligar o foção. Deixar arrefecer um pouco, tirar pele e espinhas e lascar. Fazer um refogado com a cebola, o alho e as folhas de louro. Quando a cebola estiver translúcida juntar as lascas de bacalhau e os coentros picados, envolvendo bem. Reservar. Fazer um molho branco, começando por derreter a margarina. Juntar a farinha e deixar cozinhar um pouco, depois, gradualmente, ir juntando a água de cozer o bacalhau (até cerca de 5 dl), continuar mexendo e juntar o leite. Temperar com casca de limão, cortada fina, sal, pimenta, noz moscada. Deixar cozinhar e engrossar um pouco. Deve ficar com a consistência de um creme de natas (creme de leite). Rectificar o tempero, retirar a casca de limão e juntar o sumo de meio limão, mexendo bem. Num tabuleiro de ir ao forno e à mesa, colocar um pouco de molho branco no fundo, depois uma camada de batatas, em seguida uma camada de bacalhau e continuar assim, sucessivamente, alternado as camadas. Finalizar com uma camada de batatas, sobre a qual deita o restante molho branco e que polvilha com um pouco de pão ralado. Vai a alourar ao forno e serve-se quente, acompanhado de uma salada verde.




Saboroso e estaladiço é uma refeição deliciosa para partilhar com a família e com os amigos.





Bom apetite!
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quarta-feira, 28 de março de 2012

Muffins de Chocolate e Castanha do Pará

É verdade, gosto de chocolate! E gosto do chocolate misturado com frutos secos. Gosto de praline no chocolate, de brownies, de amêndoas, nozes e avelãs com chocolate. Desta vez experimentei como fica a Castanha do Pará em companhia de chocolate amargo. E ficou bem, muito bem acompanhada!




Ingredientes:
2 ovos
250 g de açúcar
1 pote de iogurte natural
100 ml de óleo vegetal
100 g de chocolate em barra (de preferência chocolate amargo)
50 g de castanha do pará
225 g de farinha
1 colher de chá de fermento
1 pitada de sal e 1 pitada de pimenta

Bater os ovos inteiros com o açúcar até obter um creme esbranquiçado. Juntar o iogurte e depois o óleo, misturando sempre bem. Derreter o chocolate em banho maria  e juntar à massa, misturando bem. Acrescentar a castanha do pará triturada e depois a farinha com o fermento, envolvendo bem todos os ingredientes. Verter a massa em forminhas de papel e levar a cozer na zona intermédia do forno, a 180º. Rende 12 muffins.




Ficam uns bolinhos fofos e saborosos, ideiais para acompanhar com leite!

Espero que gostem!
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segunda-feira, 26 de março de 2012

Gnocchi de Mandioquinha com Molho de Espinafres, Queijo e Nozes

Já há muito tempo que não fazíamos gnocchi e já estávamos com saudades! Os gnocchi de mandioquinha são dos nossos favoritos, talvez por terem uma consistência mais fina e um sabor um pouco mais doce. Combinam bem com molho de queijo, com o seu travo salgado e ligeiramente picante.




Desta vez, optei por um molho de queijo e espinafres, salpicado de nozes. Bem temperado, ficou delicioso e os gnocchi desapareceram em três tempos (e olhem que não eram poucos!)



Ingredientes:
8 mandioquinhas de tamanho médio
1 ovo
1 1/2 chávena (chícara) de farinha
3 colheres de sopa de margarina
1/2 l de leite
2 colheres de sopa de margarina
2 colheres de sopa de farinha
1 limão
150 g de queijo parmesão ou de queijo da Ilha de São Jorge
1 molho de espinafres
1 cebola
4 dentes de alho
1 molhinho de manjericão
100 g de miolo de noz
Azeite, sal, pimenta e noz moscada

Descarcar e cozer as mandioquinhas em água temperada de sal. Depois de cozidas, reduzir a puré com um espremedor de batatas, ou com um passe-vite. Juntar a margarina e o ovo batido e amassar bem. Ir juntando, gradualmente, a farinha (pode não ser necessária toda, ou precisar de mais um pouco) até a massa descolar das mãos, mas sem que fique excessivamente seca. Deve ser bem maleável, de forma a fazer rolinhos que, se cortam com cerca de um centímetro de comprimento, para fazer os gnocchi.

Coloca-se água a ferver, temperada de sal e quando esta estiver bem quente juntam-se os gnocchi. Quando cozidos, estes vêm à superfície. Devem ser retirados e colocados num prato de servir. Vão-se cozendo os gnocchi em porções (não devem ser deitados todos na panela ao mesmo tempo).

Entretanto prepara-se o molho para acompanhar os gnocchi. Numa caçarola, prepara-se uma base de molho branco (ou bechamel), derrentendo a margarina e juntando a farinha que deve cozinhar um pouco na gordura. A pouco e pouco, juntar o leite, mexendo sempre. Temperar o molho com uma casca de limão, sal, pimenta, noz moscada e um pouco de sumo de limão, deixar ferver até cozer bem a farinha e engrossar, sem que fique demasiado espesso. Numa frigideira, refogar a cebolha picada e os alhos. Juntar as folhas de espinafres bem lavadas e dois terços do molho de manjericão. Deixar cozinhar. Juntar os espinafres estufados e o queijo ralado ao molho branco e triturar com a varinha mágica (mixer).

Envolver os gnocchi no molho, decorar com as nozes partidas em pedaços, queijo parmesão ralado e folhas de manjericão. Servir quente.



Depois, é só saborear e deliciar-se!


Bom apetite!!


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sexta-feira, 23 de março de 2012

Bolinhos de Avelã com Geleia de Jabuticaba | Dorie às Sextas

A edição desta quinzena do Dorie às Sextas trouxe-nos uns bolinhos deliciosos e com um nome bem americano - Thumbprints for Us Big Guys.




Não fiz exactamente a receita original da Dorie Greenspan, porque sempre que posso corto um pouco na gordura (particularmente se o bolo ou bolacha leva frutos secos) e porque não tinha as essências de baunilha e amêndoa.

Inicialmente pensei trocar as essências por Frangelico, mas não consegui encontrar a garrafa de licor (que eu juraria ter cá em casa!!!). Por isso, arrisquei o Moscatel de Setúbal que me pareceu que iria bem com as avelãs. E foi um belo casamento!




Para recehear, optei por um toque tropical. Como estava em plena colheita de Jabuticabas, fiz uma geleia de acordo com uma receita que já publiquei aqui, reduzindo apenas a proporção de açúcar para 3/4 do volume da polpa de fruta. Ficou ainda melhor que a original e a combinação do sabor ácido da jabuticaba com o amanteigado da avelã não podia ser melhor.





Ingredientes:
1 3/4 de chávena (xícara) de avelãs
1 3/4 de farinha
1 colher de sopa de fermento
200 g de manteiga
1/2 chávena (xícara) de açúcar
1/2 de vagem de baunilha
2 colheres de chá de Moscatel de Setúbal

Triturar as avelãs e misturar com a farinha, o fermento e as raspas do interior da (meia) vagem de baunilha. Bater a manteiga, que deve estar à temperatura ambiente, com o açúcar, até obter uma mistura homogénea. Acrescentar 2 colheres de chá de Moscatel de Setúbal e bater mais um pouco. Juntar a mistura de avelã e farinha e amassar até obter uma mistura homogénea e consistente. Retire colheres de chá desta massa e forme bolhas rolando a massa entre as palmas das mãos. Deve apertar bem para que o bolinho fique bem consistente e não rache ao cozer. Segurando o bolinho na concha da mão, para não deformar, faça uma cavidade no centro do bolinho com o dedo mindinho ou com o cabo de uma colher de pau. Deve fazer esta cavidade tão funda quanto possível, sem que fure o bolinho no fundo. Com a cozedura a cavidade irá ficar mais superficial. Colocar os bolinhos num tabuleiro forrado com papel vegetal, mantendo uma distância de cerca de 2 cm entre eles. Levar a cozer em forno a 180º na prateleira central. Os bolinhos devem ser retirados assim que ficam cozidos e ainda não começaram a alourar. Retirar os bolinhos do tabuleiro com a ajuda de uma espátula e colocar a arrefecer num rack. Polvilhar com açúcar de confeiteiro, utilizando um passador de rede ou peneira. Manter a geleia ligeiramente aquecida, de forma a que esteja mais fluída e, com a ajuda de uma colher de chá, encher a cavidade criada com um pouco de geleia. Deixar arrefecer.




Estes bolinhos, com o seu sabor amanteigado, são óptimos para acompanhar um café ou um chá, para partilhar com os amigos e para petiscar a meio da manhã ou da tarde (só um!).




Espero que gostem!
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quinta-feira, 22 de março de 2012

Migas de Espargos

A gastronomia Alentejana é rica em pratos em que o pão é um ingrediente central. Pelo Cravo e Canela já passaram açordas e migas, mas hoje trago umas migas especiais. As migas de espargos, são deliciosas e tanto melhores se forem feitas com espargos bravos. Óptimas para acompanhar carne de porco frita, para mim são boas só por si e podem constituir uma excelente refeição.




Ingredientes:
1 molho de espargos verdes
1 cebola
4 dentes de alho
400 g de pão alentejano duro (no Brasil pode utilizar-se pão italiano amanhecido)
2 ovos
1 folha de louro
azeite, sal e pimenta qb
Gordura de fritar a carne (se tiver)

Cozem-se os espargos em água temperada de sal, dando apenas uma fervura muito rápida, de forma a que fiquem firmes. Reserva-se a água e cortam-se os espargos em pedaços pequenos. Tira-se a côdea ao pão e parte-se em pedaços pequenos. Rega-se com a água de cozer os espargos, tendo em conta que a quantidade de água deve permitir humedecer o pão , mas não deve sobrar. Num tacho leva-se o azeite ao lume com a cebola finamente picada, a folha de louro e os alhos picados (estes devem entrar alguns minutos depois da cebola). Deixar alourar e, então, acrescentar os espargos. Juntar um pouco da gordura de fritar a carne se tiver. Em seguida, adicionar o pão bem humedecidos e envolver com os espargos. Regar com os ovos bem batidos, temperados de sal e pimenta moída na altura. Envolver bem todos os ingredientes e ir voltando as migas até que estas fiquem secas e se soltem do tacho.




Servem-se quentes, acompanhadas ou não de carne. Se esta refeição for regada com um bom vinho alentejano, tanto melhor.

Bom apetite!
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quarta-feira, 21 de março de 2012

Iogurte de Morango

Desde que comecei a fazer iogurtes caseiros, aqui em casa já não querem outra coisa!




Comecei pelo iogurte natural, que foi muito bem acolhido. Passei ao iogurte grego, que ficou bom, mas ainda pode ser alvo de melhoria. Esta semana aventurei-me nos iogurtes com frutas e fiz iogurte com pedaços de morango. Aprovado por aclamação!




Ingredientes:
1 l de leite
1 iogurte natural
3 colheres de sopa de leite em pó
150 g de morangos
50 g de açúcar

Lavar e cortar os morangos em quartos, envolver com o açúcar e reservar. Quando tiverem criado uma calda levar ao lume e deixar ferver um pouco, sem que se desfaçam totalmente. Ferver os frascos de iogurte, secar bem e colocar duas colheradas de morango no fundo. Entretanto preparar o iogurte. Aquecer o leite até cerca de 50º C. Numa tigela, mistrurar o iogurte natural com o leite em pó. Adicionar o leite quente, misturando bem. Com a ajuda de uma colher, deitar a mistura para iogurte dentro dos frascos: Colocar a colher quase na horizontal, mas dentro do frasco, e deitar lentamente a mistura para a colher, o que fará com que o líquido escorra pela lateral do frasco sem perturbar muito o morango em calda que está no fundo. Colocar os frascos na iogurteira e deixar por oito horas, ao fim das quais devem ser levados para o frigorífico (geladeira).




Bom apetite!
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terça-feira, 20 de março de 2012

Uma Sopa Leve e Energizante

Aqui em casa, a sopa é um prato obrigatório todos os dias. E, quando digo obrigatório, não significa que eu obrigue alguém  a comer. Significa sim que tenho sempre de ter sopa feita, senão sentem a sua falta. A sopa traz aquela dose extra de conforto que todos apreciamos. Aconchega o estômago, no Inverno aquece a alma e no Verão pode ser refrescante. Só de vegetais na maioria das vezes, também pode ser de peixe e, mais raramente de carne. Invariável, mesmo, é a sua presença!




A sopa de hoje é leve, sem batata, mas cheia de energia adicionada pelo gengibre. O seu sabor ligeiramente picante, deixa os nossos sentidos alerta para o prato que se segue e uma suave sensação de calor que sabe bem nestas noites mais frescas de fim de Verão.

Ingredientes:
2 cenouras
1/2 chúchú
1/2 courgette (aboborinha italiana)
100 g de abóbora
1 cebola
5 dentes de alho
1 pedaço pequeno de gengibre
1 raminho de mangerição e coentros
cebolinho para decorar
Azeite, sal e pimenta qb.

Lavar, descarcar e cortar todos os legumes e levar a cozer em água temperada de sal numa panela de tamanho médio. Quando os vegetais estiverem quase cozidos juntar o mangericão e os coentros, bem como o azeite. Deixar cozer alguns minutos e reduzir a puré com a ajuda de uma varinha mágica (mixer). Verificar se precisa acrescentar água, e se está boa de sal, temperar com um pouco de pimenta moída na altura e picar o cebolinho para dentro da sopa. Caso acrescente água, deixar levantar fervura.



Bom apetite!
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segunda-feira, 19 de março de 2012

Risotto de Champagne para a Mané

Conheço a Mané apenas na blogosfera, mas a simpatia que transborda dos seus comentários, a solicitude que sempre a caracteriza quando lhe colocamos uma questão ou pedimos ajuda, tem ajudado a formar uma imagem positiva e uma forte simpatia por esta senhora de quem desconheço o rosto ou a idade e por quem certamente passaria na rua sem a reconhecer.



Há um ano atrás a Mané iniciou o seu blog, O Bolo da Tia Rosa, e fê-lo tão bem que eu, mais recente nestas andanças, julguei que ela era uma das veteranas. Hoje venho comemorar esse aniversário e homenagear a Mané, respondendo ao seu desafio de fazer uma receita de arroz.

Também eu adoro arroz e na dúvida entre o arroz doce e um risotto, decidi por este último, mas com um ar de festa. Para brindar ao primeiro ano do Bolo da Tia Rosa, sai directamente da Cozinha do Cravo e Canela um fumegante e delicioso Risotto de Champagne!



Ingredientes:
2 chávenas (xícaras) pequenas de arroz arborio
1/2 cebola picada finamente
500 ml de champagne ou de um bom espumante seco
500 ml de caldo de legumes
2 colheres de sopa de manteiga
4 colheres de sopa de parmesão ralado na altura
Azeite, sal e pimenta qb

Deixar o champagne à temperatura ambiente algum tempo antes de ir cozinhar. Picar a cebola finamente e levar a refogar em azeite, até ficar transparente. Juntar o arroz e deixar fritar um pouco sem tomar cor. Adicionar o champagne todo de uma vez. Deixar cozinhar e quando estiver quase a ficar seco adicionar o caldo de legumes (que deve estar quente) aos poucos (juntar uma concha de sopa de caldo e deixar cozer até quase secar, só depois juntar outra concha de caldo). Verificar o sal e corrigir. Quando estiver no ponto de cozedura (não deve ficar mole ou com o grão aberto), deixar secar até só ter um caldinho cremoso. juntar a pimenta moída na hora, a manteiga e o queijo, mexer bem e tapar. Em 2 minutos está pronto a servir.




Para uma ocasiaão especial o ideal é acompanhar de champagne a degustação deste prato. O Risotto de Champagne pode ser servido como entrada ou como acompanhamento. É delicioso de qualquer das formas.




Parabéns Mané!
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domingo, 18 de março de 2012

O Trigo já fez 11 Meses

É verdade, o Trigo já fez 11 meses e não tardando muito está aí o 1º Aniversário!




Já atingiu um porte próximo daquele com que vai ficar e aquele jeito de Golden.




O Verão tem sido uma época mais difícil de passar, dada a indumentária, e se pudesse passava os dias entro de água.

Em resumo, aos onze meses tem um corpo de adulto e uma mentalidade de criança!




Festinhas Trigo!
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sábado, 17 de março de 2012

Sericaia para Fechar o Jantar

Sempre que via os programas do Jamie em Itália, em Espanha ou nos Estados Unidos imaginava como seria tê-lo por Portugal. A humildade com que se aproxima das pessoas, a sua vontade de aprender o seu eterno ar de miúdo iam deixar o povo português de braços abertos e definitivamente encantado com o jovem chefe inglês.




Imaginava-o no Alentejo a experimentar a boa culinária dessa região de Portugal. O desafio iniciado pela Ana e, este mês, continuado pela Suzana, permitiu-me dar azo a esta fantasia e aqui estou eu, em pleno Alentejo profundo, acompanhada do Jamie Oliver.




É Setembro, os campos estão dourados, o clima seco e quente. Na vila de Castro Verde decorre o Festival Sete Sois, Sete Luas. A terra enche-se de espectáculos, exposições, workshops. Improvisam-se tasquinhas, cafés em casas antigas. É um festival mediterrânico com o melhor desta cultura, da música à arte, da literatura à gastronomia. E este ano "está cá aquele moço inglês, muito engraçado, que faz uns progamas de culinária. O Jaimi, ou lá o que é!".

Em poucos dias já o moço conhece gente pelo nome, já foi visitar as melhores boleiras, já comeu do bom pão, já foi convidado por meio mundo para ir comer lá a casa e anda Ao Baldão pelas tascas a arranhar as Modas alentejanas. Já experimentou as tibornas, encheu-se de queijadas e bolos folhados, comprou popias brancas para levar às suas princesas e perdeu-se de amores pelo presunto, paios e linguiças caseiros "Sr. Jaimi, estas linguiçinhas são para levar lá pra Inglaterra, que é para não se esquecer aqui de Castro!".



Hoje fomos dar uma volta aos montes, levei-o a vistar a minha prima Manela que faz dos melhores presuntos que já provei e ficou logo combinado um jantar de Pilha Galinhas para amanhã. "Que é para o Jamie também provar uma cabidela!"

Chegados a casa, já estava uma lebre, temperada de véspera, à espera para fazer um jantar de lebre com feijão e cominhos. Juntos vamos fazer a sobremesa. "Chama-se Sericaia, Jamie!". "Sericá?". "Sim, também pode ser! Vamos lá!"



Ingredientes:
1/2 l de leite
Casca de meio limão (siciliano)
1 pau de canela
1 pitada de sal
6 ovos
225 g de açúcar
70 g de farinha
Canela em pó
Ameixas d'Elvas (facultativo)

Ferver o leite com a casaca de limão (cortada bem fina, sem a parte branca), o pau de canela e o sal. Deixar arrefecer e, aos poucos, acrescentar à farinha, diluido bem. Se formar grumos, desfazer e homogeneizar o creme com a ajuda de uma varinha mágica (mixer). Bater as gemas com o açúcar até obter um creme fofo e esbranquiçado. Juntar lentamente a mistura de leite e farinha, mexendo sempre. Voltar a colocar no recipiente de ir ao lume e levar a cozinhar em fogo brando, mexendo sempre e sem deixar ferver. Deixar arrefecer, tirar as cascas de limão e a canela. Bater as claras em castelo firme (em neve) e envolver com o creme de leite, farinha e ovos que já deve estar frio. Deitar num prato fundo e largo e polvilhar com bastante canela em pó. Levar a cozer em forno a cerca de 200º e retirar quando estiver firme e a rachar.




Tradicionalmente é servido  em fatias, acompanhado de Ameixas d'Elvas e da sua calda.

Também pode ser feito em recipientes individuais ou num tabuleiro e cortado em cubos. Mas não há nada como ver o prato de barro, com a Sericaia estalada, a cheirar a canela.




"Então Jamie, gostaste?". "Oh yea! Sericá is lovely!!!"
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quinta-feira, 15 de março de 2012

Chita Brasileira - Bolsas Fofas


No início do ano, antes de ir a Portugal, comprei Chita Barsileira em várias cores e padrões e fiz aventais para oferecer. Ficaram bem bonitos e fizeram sucesso junto das primas, tias e algumas amigas. Não consegui entregar todos, mas estão bem guardados até Julho quando, finalmente, me volte a encontrar com as felizes contempladas.




Para além dos aventais também fiz umas bolsas, que tanto podem ser para o telemóvel (celular), como para aquelas bugigangas que toda a mulher acumula na mala.

Também debruadas com fitas de viés contrastante, foram forradas por dentro com um tecido de algodão coordenado com as cores da chita utilizada e tendo no meio uma camada de dracalon (manta) para ficarem bem fofas.




Depois, foi só embrulhar as prendinhas e colocar uma etiqueta com o nome.

Para os embrulhos ficarem mais bonitos, fiz pequenas etiquetas em cartolina forrada com a mesma chita da peça embrulhada (usei papel térmico para unir o tecido e o papel), que pendurei com bonitos cordões de seda.



As etiquetas fizeram quase tanto sucesso como os aventais e as bolsas!

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terça-feira, 13 de março de 2012

Bolo de Limão e Coco


Mais uma semana mais um bolo, para levar na merenda da escola, para comer à noite com uma caneca de leite, antes de deitar, para um lanche com um sumo de fruta refrescante...

Esta semana foi um bolo de limão e coco. O limão tem um sabor fresco que adoro e o coco, para além do aroma, acrescenta uma textura diferente e agradável  qualquer bolo.




Ingredientes:
4 ovos
300 g de açúcar
100 ml de óleo
100 ml de leite
Raspa de 1 limão (siciliano)
1/2 chávena (xícara) de coco
250 g de farinha
1 colher de sopa de fermento

Bater os ovos com o açúcar até obter uma mistura homogénea e esbranquiçada. Acrescentar o óleo, misturando bem e, em seguida, o leite. Juntar as raspas de limão. Adicionar o coco e, por fim, a farinha com o fermento. Após a adição da farinha a massa já não deve ser batida, garantindo, no entanto, que todos os ingredientes ficam bem misturados. Levar a cozer em forno a 180º, numa forma previamente untada e polvilhada de farinha.




De sabor fresco e textura fofa, sabe bem a qualquer hora do dia. Experiemente!




Gostaria, ainda,e agradecer à La Faenza pelo lindo prato que nos disponibilizou. O detalhe das rosinhas é encantador!
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sexta-feira, 9 de março de 2012

Chocolate Pudding com Crocante de Macadâmia, Mel e Laranja | Dorie às Sextas

Mais uma edição de Dorie às Sextas, desta vez com um cremoso pudim de chocolate. Confesso que, como não sou muito apreciadora de pudins, fiquei na dúvida. Todavia, o gosto pelo chocolate levou a melhor e acabei por fazer este Chocolate Pudding que é verdadeiramente delicioso.




Segui a receita original sem alterações, acrescentando um crocante de nozes macadâmia com mel de flor de laranjeira e licor de laranja. Na verdade, a combinação do chocolate com o sabor da laranja é uma das minhas favoritas, mas não queria alterar a receita na primeira tentativa. Esta pareceu-me uma boa alternativa, combinar frutos secos crocantes em que o doce do mel e o travo amargo da laranja se cruzam e harmonizam.




Se o creme é delicioso, a experiência de o degustar em conjunto com as nozes crocantes fica enriquecida tanto na textura como no sabor!




Ingredientes:
(Pudim)
2 e 1/4 chávenas de leite gordo (integral)
6 colheres de sopa de açúcar (usei demerara)
2 colheres de sopa de cacau não adoçado
2 colheres de sopa de amido de milho (maizena)
1/4 de colher de chá de sal
1 ovo grande
2 gemas
125 g de chocolate amargo
2 colheres de sopa de manteiga sem sal
1 colher de chá de essência de baunilha (usei açúcar baunilhado)

Coloca-se duas chávenas de leite e três colheres de açúcar a aquecer numa caçarola. Entretanto misturam-se muito bem os ingredientes secos: o amido de milho, o cacau em pó e o sal, podendo ser útil peneirar para garantir que não ficam pequenos caroços de maizena. Numa taça ou robot de cozinha, bater, durante cerca de um minuto, os ovos com as restantes três colheres de açúcar até obter uma mistura homogénea. Acrescentar o leite (1/4 de chávena) e depois os ingredientes secos previamente misturados. Uma vez que estes ingredientes estejam bem integrados, gradualmente, adicionar o leite quente, mexendo sempre, de forma a não deixar cozer os ovos. Depois de bem misturado, volta para a caçarola e vai ao lume (brando) até o creme engrossar, mas sem que se deixe ferver. Quando tiver atingindo a consistência pretendida (quando retira a colher, esta está coberta de uma camada de creme), retirar do lume e juntar a manteiga, o chocolate partido e a baunilha. Aguardar uns instantes para estes ingredientes terem oportunidade de derreter e voltar a bater o creme até obter uma consitência homogénea. Colocar em tacinhas e deixar arrefecer. Para que não se forme uma película no cimo, colocar uma folha de película aderente. Deixar quatro horas no frigorífico antes de servir.

(Crocante de Macadâmia com Mel e Laranja)
50 g de nozes macadâmia
2 colheres de mel de flor de laranjeira
2 colheres de Grand Marnier

Picar as nozes grosseiramente com uma faca. Numa caçarola, levar ao lume as nozes com o mel e o licor de laranja. Deixar cozinhar e reduzir em lume brando até ficar ligeiramente caramelizado. Retirar da caçarola para cima de uma tábua de cozinha e deixar arrefecer. Voltar a partir com uma faca.




Antes de servir, decorar as taças de pudim com as nozes caramelizadas. Comer lentamente, apreciar e raspar a tacinha cuidadosamente.




Bom apetite!

A receita original pode ser encontrada no livro Baking da Dorie Greenspan.
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