quinta-feira, 14 de março de 2013

Cookies de Banana e Caramelo e um Soneto da Fidelidade


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.


Perante a proposta que nos foi deixada este mês pelo blog Come Chocolates Pequena, Come Chocolates, para a iniciativa Convidei para Jantar criada pela Ana do Anasbageri, escolhi este poema de Vinicius de Moraes que me acompanha desde a meninice. A escolha do Soneto da Fidelidade reflecte a minha forma de viver o amor e é uma homenagem a um grande poeta do país que me acolhe desde há dois anos a esta parte.

Já a escolha da receita que vos trago é mais prosaica! Um cacho de bananas maduras, retirado das bananeiras que tenho ao fundo do quintal apela a todas as receitas com banana de que me possa lembrar. Adoro a combinação da banana com a canela, o rum e o caramelo e, nestes cookies tentei recriar esse casamento d'amor. As bolachas tenras e saborosas confirmaram que aquilo que une estes simples ingredientes tem uma magia própria que devem experimentar!





Ingredientes:
200 g de açúcar
300 g de farinha
1 colher de sopa de fermento em pó
1 colher de chá de canela
150 g de manteiga sem sal
2 bananas grandes maduras
1 ovo
2 colheres de sopa de pepitas de chocolate branco

(Caramelo)
1/2 chávena de açúcar
1/4 chávena de água
1/4 chávena de natas
2 colheres de sopa de lascas de amêndoa
1 colher de sopa de rum


Preparar o caramelo, levando a lume brando o açúcar misturado com a água. Quando adquirir uma cor âmbar, acrescentar as natas. Tomar atenção que vai borbulhar e se o recipiente for muito pequeno pode sair para fora. Acrescentar as amêndoas em lascas e, mexendo, deixar mais uns minutos ao lume. Retirar do fogão, acrescentar o rum e mexer energicamente. Reservar. Para a preparação das bolachas, juntar numa taça todos os ingredientes secos e misturar. Juntar a manteiga cortada em cubos e esfarelar até estar bem incorporada. Fazer uma cavidade no centro, onde se colocam as bananas esmagadas e o ovo batido, amassando bem. Por fim deitar o caramelo sobre a massa e envolver um pouco de modo a que fiquem umas partes da massa com mais caramelo que outras. Com a ajuda de duas colheres de sopa, formar bolas de massa que se colocam, espaçadas, num tabuleiro de alumínio forrado com papel vegetal. Levar a cozer na parte central do forno, aquecido a 180ºC. Quando ficarem louras, retirar o tabuleiro do forno e deixar arrefecer durante uns minutos. Depois retirar e deixar esfriar completamente sobre um rack de metal.


Bom apetite!





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18 comentários:

  1. Não tem como não ter ficado delicioso. Adorei seu blog.

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  2. Que bolachas maravilhosas :D Vou guardar a receita :D

    Beijinhos e tem um óptimo dia :D

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  3. Que maravilha de bolachas, ficaram perfeitas!

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  4. Tudu delicioso Manuela,
    bolachinhas e poema.
    Ainda bem que por aqui passei não me tinha apercebido que estava de volta o "convidei para jantar".
    Bjs

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  5. Que lindo poema.... Como quase todos os do Vinicius! Eu tb coloquei um dele... O do infinito...
    E que contente ficou este senhor, com estas maravilhosas bolachas!! estão simplesmente divinais!!! Ate lhes sinto o sabor, Manela!!!
    Um beijinho,
    Mena.

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  6. banana e caramelo? como resistir? hehe uma combinação de sabores que me agrada muito :) bela participação :) beijinhos

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  7. Lindo esse poema e cantado ainda se torna mais bonito!!!
    Estas bolachas acompanham na perfeição esta música...
    Bjoka
    Rita

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  8. Conseguiste um casamento perfeito! Devem ser mesmo saborosas!

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  9. Mais uma bela participação :)
    Essas bolachas devem ser também "infinito enquanto dura"...


    Beijinhos

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  10. As bolachinhas ficaram lindas e delicadas, combinam na perfeição com o soneto de Vinicius.
    bela participação
    Bjns
    Isabel

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  11. Estas bolachas devem ser um perdição, adorei a receita!

    beijinhos,
    Joana

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    1. Olá Joana!
      Obrigada pelo teu simpático comentário. Realmente, sairam muito bem. E com que nos vais brindar para o Vamos Fazer Bolachas deste mês? Estou a contar contigo.
      Bjnhos

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  12. Ao tempo que não faço cookies, essas parecem-me excelentes!

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    Respostas
    1. Olá Argas!
      Que tal fazer umas bolachas para participar no desafio que lancei : Vamos Fazer Bolachas! ( http://cravoecanela-umacozinhanosbrasil.blogspot.com.br/2013/03/vamos-fazer-bolachas-marco.html )?
      Gostaria de contar contigo.
      Bjnhos

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  13. Oh, Vinicius de Moraes... e mais umas deliciosas cookies :) Obrigada :)

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  14. Gostei muito da sua participação. O poema é lindo e essas bolachinhas uma verdadeira delicia!

    Beijinhos;

    Aurea Sá

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  15. Vinicius, tão poetico :)
    Gostei imenso da tua escolha Manuela.
    E das bolachinhas, deliciosas e atrevidas :)
    Um beijinho.

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